De que minérios são extraídos o ferro?
Você sabia que o consumo mundial de ferro cresce cerca de 11% a cada ano? Devido à sua abundância e versatilidade, esse metal é usado pelo homem há milhares de anos e o metal se situa como o quarto material mais abundante que existe na crosta terrestre, com uma produção anual mundial de aproximadamente 235 milhões de toneladas.
Mas e como será que ele é extraído? Vamos entender um pouco melhor neste artigo.
Primeiramente, é importante entender que o ferro não é obtido in natura, mas através de depósitos rochosos, presentes na natureza, normalmente chamados de formações ferríferas bandadas, ou ironstones.
O metal também não existe de forma pura nas rochas, mas combinado a outros diversos elementos químicos, que formam juntos os minérios de ferro. Entre esses minérios, podemos destacar alguns principais, tais como: a hematita, a magnetita e a goethita.
Hematita
Trata-se de um composto químico encontrado frequentemente em solos e rochas no mundo inteiro, normalmente em locais com formações hídricas. Possui cores que vai de vermelho-sangue cinza metálico ou preto. O seu formato molecular é trigonal, de textura variada, de acordo à formação do mineral.
É um tipo de componente mais comum em ambientes tropicais, ou quentes e de modo geral é responsável pela cor avermelhada de alguns solos. Em lugares frios é muito difícil de localizar esse minério em função de suas características morfológicas.
Em relação à sua constituição, o processo de cristalização deste minério ocorre através da sedimentação ou da precipitação do magma, relacionado à dinâmica das rochas metamórficas.
E veja que interessante, em 2004 a NASA descobriu que a hematita é um material muito presente em Marte e por isso a paisagem no planeta conta com uma cor marrom avermelhada e céu vermelho pela noite.
Saiba mais em: Hematita.
Magnetita
Esse é um dos minérios mais antigos do mundo, conhecido pelos seres humanos. Trata-se de um componente que apresenta a forma cristalina isométrica, e a sua cor é um preto acinzentado.
A magnetita é a pedra-imã mais magnética de todos os minerais da Terra e se forma pela erosão do solo que os rios levam para o mar, concentrando-se nas praias pelo movimento das ondas e das correntes marítimas. Devido à sua propriedade magnética, foi amplamente usada para a produção de bússolas desde muitos anos.
Ela é encontrada no formato de pequenos grãos, nas rochas ígneas e metamórficas e os maiores depósitos de Magnetita são localizados na Suécia e nos Estados Unidos.
Um fato interessante é que os cristais de magnetita são localizados em organismos vivos também, tais como as bactérias em cérebros de abelhas, cupins, peixes, ursos, pássaros e até em seres humanos!
Leia mais em: Magnetita.
Goethita
Esse mineral também figura entre os mais comuns, cujas cores são opacas com brilho adamantino e tons de castanho, laranja, amarelo e vermelho. Possui também aspecto áspero e estriado e devido à sua dureza, uma de suas principais características, é muito difícil riscar com estilete.
O minério é o principal componente da ferrugem (ferro oxidado), e também responsável, juntamente com a hematita, pela cor dos solos, muito presente em pântanos e nascentes de água.
Sua origem se dá através de solos formados a partir de rochas com baixa concentração de ferro na sua composição, acumulando-se, assim, em ambientes próximos às formações rochosas. Diferentemente da magnetita, não é um mineral com propriedades magnéticas.
Saiba mais em: Goethita.